3 provas de que a agricultura regenerativa é o futuro do agro

Sustentabilidade
agricultura regenerativa

O novo agro é sustentável, neutralizador de carbono e protetor da biodiversidade – uma imagem que ainda está sendo fortalecida, mas que já é muito diferente da aparência de vilão que o setor tinha em um passado recente. Essa mudança de cenário está acontecendo graças à evolução de práticas realmente transformadoras, como as provenientes da agricultura regenerativa, também conhecida como agricultura positiva

O agro não mudou de visual, o agro mudou de personalidade. O que antes se limitava ao discurso ecologicamente correto sobre a necessidade de ser sustentável no futuro, se tornou a nova realidade do campo. 

Com o avanço das pesquisas e a comprovação dos resultados, os produtores estão cada vez mais engajados nas boas práticas de manejo agrícola. Enquanto isso, empresas e instituições de pesquisa seguem desenvolvendo soluções que resolvam uma das maiores equações da humanidade na atualidade: aumentar a produção de alimentos sem precisar abrir novas áreas agricultáveis. 

É importante ressaltar que, dentro desse objetivo principal de alimentar o mundo, existem muitas metas climáticas e ambientais que precisam ser cumpridas impreterivelmente. Um exemplo disso é que, considerando que as plantas possuem temperaturas limitantes para o seu desenvolvimento, só conseguiremos aumentar a produtividade agrícola a longo prazo se evitarmos o aumento das temperaturas globais.

Não é à toa que um dos principais objetivos mundiais pautados pela Organização das Nações Unidas (ONU) é limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. De acordo com a comunidade científica, ultrapassar esse marco resultaria nos piores impactos climáticos da história, colocando em risco as condições de vida na Terra – principalmente por inviabilizar grande parte do potencial de produção agrícola.

Para combater o aquecimento global, a indústria, o mercado e a sociedade precisam de uma mudança radical nos hábitos, não só reduzindo a emissão de gases de efeito estufa como também aumentando a capacidade de retirá-los da atmosfera. E é aqui que a agricultura regenerativa entra como solução! 

Agricultura regenerativa coloca Brasil no topo em sustentabilidade agrícola

Por meio da agricultura regenerativa, é possível potencializar o sequestro de carbono, fortalecer a bioeconomia e recuperar ecossistemas. Isso já está acontecendo, e o Brasil segue liderando a corrida mundial de produção sustentável.

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que foi utilizado um comparativo internacional, o Brasil está à frente de outros países exportadores em termos de crescimento da produtividade baseada em ciência e tecnologia e em produção por unidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

O documento revela que, em 2020, 43,2% do território nacional foi preservado. Essa área poupada é maior do que a que utilizamos para fins agropecuários, colocando o Brasil no topo entre os países comparados, seguido da Índia, com 34,5%.

agricultura regenerativa

Outro índice destacado na pesquisa foi a economia brasileira, que apresentou a melhor taxa de crescimento baseada na produção agropecuária por emissões totais de gases de efeito estufa. 

Em 30 anos, a pecuária brasileira passou de 16,4 t de alimentos por tonelada de carbono equivalente para 51,9 toneladas. Na agricultura, a produção saltou de 243 t por tonelada de carbono equivalente para 774 toneladas.

Segundo o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, o Brasil apresentou uma transformação produtiva acelerada nas últimas cinco décadas, maior que qualquer outro país – tudo isso, aliando tecnologia e manutenção da cobertura vegetal, reforçando o papel fundamental dos produtores rurais no combate à crise climática.

Se alguém ainda pensa que é preciso escolher entre produtividade, rentabilidade e sustentabilidade, o agronegócio brasileiro vem para esclarecer de uma vez por todas que esses pilares são dependentes. No mesmo ritmo em que cresce a adesão pelas práticas da agricultura regenerativa em nossas lavouras, vemos safras batendo recordes ano após ano.

Com medidas como o monitoramento do desmatamento da Amazônia via satélites, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC) e o novo Código Florestal, o Brasil já tem um agro forte e sustentável. Por isso, a regulamentação da bioeconomia, como o mercado de carbono, tem gerado grandes expectativas para investidores, empresas e produtores rurais.

A agricultura Regenerativa: o que tem sido feito?

Nesse ponto da leitura já conseguimos entender melhor qual é a verdadeira realidade do agronegócio, principalmente no Brasil, como esse setor tem evoluído nos últimos anos e o quão viável são as oportunidades para utilizar o agro como solução para as crises do nosso planeta. 

Mas afinal, como toda essa teoria é materializada no dia a dia do campo? Confira 3 resultados das práticas da agricultura regenerativa e positiva:

1. O solo está sendo conservado e recuperado

Nosso planeta acaba de alcançar a marca de 8 bilhões de pessoas, com previsão de 10 bilhões até 2050. Antes de pensarmos em como alimentar essa população no futuro, precisamos de estratégias para resolver o presente, já que a crise humanitária agravada pela pandemia fez com que a fome atingisse 9,8% da população mundial.

E não para por aí: o nosso planeta tem atualmente cerca de 40% do solo degradado, com áreas que já foram produtivas, mas que agora estão em situação de desertificação. Há alguns anos, pensávamos que para alimentar o mundo, tínhamos como única saída abrir novas áreas agricultáveis.

Aqui, caímos na equação que citamos no início desse conteúdo: precisamos sim de mais alimentos, mas, para isso, precisamos preservar a natureza. Ou seja, desmatar não pode mais ser uma opção. 

A boa notícia é que, por estar em constante evolução, o agronegócio encontrou um novo caminho. Na agricultura regenerativa e positiva, um dos principais objetivos é cuidar do solo e da natureza, adotando práticas de conservação e recuperando de áreas degradadas:

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Agricultura Regenerativa e Positiva - Solo Degradado

Evitar que o solo fique exposto– é uma excelente forma de investir na qualidade do solo, reduzindo custos a longo prazo, além de contribuir com o combate à crise climática, já que o sequestro de carbono nesse cenário é potencializado.

2. O manejo está sendo integrado e direcionado

Com o avanço tecnológico e a expansão da conectividade nas áreas rurais, vemos uma agricultura cada vez mais digital e precisa. Os maquinários e implementos agrícolas inovadores contribuem – e muito – para um agro sustentável.

O monitoramento em tempo real da lavoura, as previsões climáticas e o mapeamento de operações viabilizam um manejo integrado e bem direcionado. Dessa forma, o produtor consegue perceber inimigos ocultos em sua propriedade, detectando gargalos de produtividade e de custos que podem ser solucionados de maneira ágil e eficiente.

Os insumos tecnológicos também colaboram com esse novo cenário, pois auxiliam na produtividade sem prejudicar o meio ambiente, a biodiversidade e o ecossistema. 

Ao notificar um talhão com pragas em nível de controle, por exemplo, as ferramentas digitais permitem que a pulverização seja realizada somente no local necessário, em quantidades ideais, gerando economia e sustentabilidade. Empresas de tecnologia agrícola e inovação já trabalham com ferramentas, que promovem um manejo integrado, efetivo e econômico ao longo de todas as fases da cultura.

Com um volume menor de intervenções químicas, preservamos a saúde do solo e o equilíbrio do ecossistema. O resultado? Uma produção sustentável a longo prazo, não só ecologicamente, como também financeiramente.

É importante destacar ainda que a integração que está beneficiando o agro não se limita ao manejo ou a gestão, os sistemas integrados de produção também estão apresentando excelentes resultados. Confira:

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Agricultura Regenerativa e Positiva - ILPF

3. Os bioinsumos estão cada vez mais presentes

O mercado de bioinsumos, que está em plena expansão, atingiu o faturamento de R$ 1,7 bilhão na safra 2020/21. 

A crise de insumos causada pelas recentes questões geopolíticas fez com que o mercado e a indústria olhassem para esse segmento com maior atenção e urgência. Afinal, a produção de alimentos depende diretamente dos fertilizantes e defensivos – e o Brasil, apesar de ser líder em agroexportação, não é autossuficiente na produção dessas matérias-primas.

Nesse cenário, o desenvolvimento de bioinsumos pode aquecer a economia e agregar competitividade ao nosso mercado.

Do ponto de vista climático e ambiental, os insumos biológicos não deixam resíduos, preservam o ecossistema e ajudam na manutenção dos manejos tradicionais, sendo um ótimo aliado dos produtos químicos na lavoura. 

Pesquisadores da Embrapa afirmam que os bioinsumos inoculantes com bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja colocaram o Brasil como líder mundial nos benefícios dessa simbiose. Só no caso da soja, a previsão de economia pela fixação biológica do nitrogênio está estimada, para a próxima safra, em US 40 bilhões, além de deixar de emitir mais de 200 milhões de toneladas equivalentes de gás carbônico. 

Entenda mais sobre a fixação biológica de nitrogênio (FBN):

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Agricultura Regenerativa e Positiva - Fixação Biológica de Nitrogênio

A evolução do agronegócio por meio da agricultura regenerativa é chave para a para a conservação do solo e da natureza, auxiliando no combate as crises climáticas, humanitárias e ambientais. 

O setor continuará evoluindo nesse sentido, e a Syngenta tem orgulho de participar desse momento, desenvolvendo as melhores soluções para que o produtor rural seja o protagonista na recuperação do planeta Terra. 

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